Apesar das inconstantes mudanças de tempo, esteve muito público a assistir ao encontro, muitos deles infestistas.
O treinador José Catalão, não podia contar com Hélder Freitas que cumpria castigo, Fábio Pinto por lesão e com Pereira que por motivos pessoais do jogador, não pode dar o seu contributo à equipa.
INFESTA: Pedro Magalhães, Mika Santos (Figueiredo, 80’), André Ribeiro, João Silva, Ferreira, Guido Simões, João Moreira (Rui Alírio, 40’), Lúcio Fernandes, Diogo Mendes (Ruben Rodrigues, 91’), Sousa e Fábio Magalhães (Alex Madureira, 38’).
TR: José Catalão
Suplentes não utilizados: Rui Neves
Para além de este jogo ser o tudo ou nada para o Maia conseguir chegar ao primeiro lugar, o estado do relvado sintético, era outro dos entraves a uma boa exibição por parte do Infesta. Desde cedo, a equipa maiata mostrou vontade em chegar ao golo com excelentes trocas de bola e jogadas rápidas onde numa delas valeu a saída rápida de Pedro. Aos 5 minutos, o central do Infesta João Silva, alivia mal a bola para a zona frontal da área onde de cabeça um jogador maiato entrega a bola a Fabinho, que empurrou o central André Ribeiro contra João Silva, isola-se diante de Pedro, faz um chapéu excelente onde todos já gritavam golo, o guardião Pedro faz uma defesa magnífica mas que não evita o golo, pois na recarga, João, perante a passividade da defesa, inaugura o marcador, de nada valendo nova estirada de Pedro que quase defendia a bola.
O Infesta não conseguia sair bem para o ataque e pouco perigo criava ao guardião forasteiro, jogando muito a meio-campo. Pedro teve de voltar a aplicar-se numa defesa a dois tempos, num remate forte rasteiro. Por parte do Infesta, Diogo Mendes era dos elementos que mais perigo criava, num canto batido da direita o mesmo Diogo eleva-se bem mas cabeceia à malha lateral. Foi o primeiro sinal de perigo da equipa do Infesta. Mais tarde foi João Moreira num remate fora da área a fazer a bola passar perto do poste esquerdo da baliza do Maia. O Maia dispôs de dois livres à entrada da área onde num deles passou perto do poste direito de Pedro. O jogo continuava a ser muito disputado a meio campo, mas a equipa maiata acabou por ser superior no primeiro tempo.
Na segunda parte, a equipa mamedense, entrou muito mais forte na partida onde Alex teve a oportunidade de cabeça de fazer a igualdade mas desperdiçou mandando por cima da barra. A equipa do Maia estava a passar um mau bocado, estando nervosa e criava bastantes erros. Sousa, aproveitando um desses erros, podia ter marcado mas a finalização não foi a melhor. O Infesta estava melhor no segundo tempo, mas contra a corrente do jogo, surge um livre a favor do Maia aos 50 minutos, perto da entrada da área do lado esquerdo onde Sérgio envia uma bomba à barra do guarda-redes Pedro e na recarga, nenhum defensor infestista alivia a bola onde apareceu Vítor que colocou a bola no fundo da baliza, fazendo o 2 a 0, complicando a vida ao Infesta. O Maia ganhou força e ameaçou muitas vezes a baliza de Pedro que esteve em grande esta tarde. Fez talvez a melhor exibição da época. Num lance onde o avançado maiato foge à defesa infestista e perante a cara de Pedro, este, com toda a frieza, esperou para ver o que dianteiro iria fazer e arranca uma grande defesa. Aos 67 minutos, o Infesta consegue reduzir o marcador por Lúcio Fernandes, que a grande passe de Alex, isola-se e perante o guardião contrario, fuzilou as redes e trouxe esperança ao Infesta. Pouco depois, num lance de ataque da equipa maiata, Fabinho isola-se e na disputa com um defensor do Infesta, cai dentro da área e reclama grande penalidade, o árbitro da partida manda seguir e desgostoso com a decisão do juiz, Fabinho manda bocas ao árbitro. Este não gostou e deu ordem de expulsão. Estava a ser um jogo muito dividido e o golo podia cair numa ou noutra baliza. Rui Alírio teve uma oportunidade de empatar o encontro ao rematar uma bola perto da marca de penálti, por cima da barra. Pouco depois foi a vez do Maia criar perigo e fazer brilhar novamente Pedro ao efectuar uma excelente intervenção a remate de Vitor, na sequencia de um pontapé de canto. Aos 75 minutos, o ponta-de-lança Alex Madureira, restabelece o empate. Após um cruzamento bem tirado da direita, a bola cai ao segundo poste onde Alex cabeceia por baixo das pernas do gigante guarda-redes do Maia, de nada valendo o corte efectuado por um defensor maiato, já depois de transpor a linha de golo. Explosão de alegria nas hostes infestistas. Dois jogadores do Maia Lidador acabaram por ser expulsos por palavras dirigidas ao árbitro da partida, por não considerarem que a bola transpôs a linha de golo. Muito indisciplinada esta equipa maiata. O Maia não desistia e mesmo a jogar com oito elementos, procurava a vitória e teve boas oportunidades chegando a criar calafrios à equipa mamedense valendo Pedro que mais uma vez num remate cruzado da direita, faz uma excelente defesa para canto, mais tarde, um dianteiro maiato isola-se perante Pedro que com uma saída rápida se apodera da bola. Pouco depois, Sérgio dispôs novamente de um livre à entrada da área, onde rematou com força, com a bola a passar perto da barra de Pedro. Aos 80 minutos, Guido Simões, após passe de André Ribeiro, teve a oportunidade de marcar golo mas o remate saiu fraco para fácil defesa do guardião contrário. Mas o golo da vitória estava perto e aconteceu a cinco minutos do fim quando Diogo Mendes que após uma tabelinha com Lúcio, aguentou bem a carga até à pequena área e com toda a frieza, marcou um grande golo para o Infesta, colocando a equipa pela primeira vez na frente do marcador.
O Maia tentava responder, mas já era tarde com bolas bombardeadas para a área, limitando-se a defesa do Infesta a aliviar todos esses lances. Ainda houve tempo para uma jogada sensacional de Diogo Sousa que driblou dois adversários, passando pelo terceiro, deixando o quarto no chão mas depois sendo derrubado onde o árbitro da partida ajuizou que simulou a falta.
Pouco depois o jogo termina e já com a notícia que o Lousada tinha empatado com o Pedras Rubras a um golo, toda a equipa do Infesta festejou efusivamente no relvado. Os adeptos saíram em caravana até ao Estádio Moreira Marques.
De realçar que quando o técnico José Catalão assumiu o comando desta equipa, o Infesta encontrava-se em 9º lugar com apenas cinco pontos, já à distancia de oito pontos dos lideres Amarante e Tirsense. Uma recuperação notável que culminou com o titulo de campeão distrital.
Parabéns a todos os jogadores e equipa técnica do Infesta.
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